quarta-feira, 28 de abril de 2010

Convalescendo...

Caros amigos que visitam este blog, queiram desculpar a falta de atualização. Tô há quase um mês amargando um crise de sinusite que me derrubou pra valer. A última vez que tive isso, foi lá pelos meus 8 anos de idade e nunca foi tão forte. Agora tenho ficado de molho cercado por uma batelada de antibióticos. Pra ajudar, meu computador deu pau dia destes. Tô muito orgulhoso porque arrumei o bicho sozinho, e jamais tive talento pra estas coisas. Na verdade foi só uma troca de fonte, mas vejam bem, até então eu sequer imaginava o que era isso. Enfim... tudo se pode aprender... desde tricô (como fazia o Heidegger) até o funcionamento de um acelerador de partículas que cria mini big-bangs. O lance é ter saco pra isso. E a disposição de abrir mão de todas as outras coisas que você gostaria de fazer. Uma das contingências que mais me incomoda na nossa curta vidinha é a sensação de impotência e essa encruzilhada a que chegamos quando tratamos de conhecimento. Já citei várias vezes uma frase do Bernard Shaw que gosto muito: "um especialista é um sujeito que sabe cada vez mais sobre cada vez menos, até que chega um momento em que sabe tudo sobre coisa alguma". E ontem comprei um livro do Edgar Morin (pra vender) intitulado "A Cabeça Bem-feita". O livro propõe "repensar a reforma, reformar o pensamento". Educação é o tema. Dentre vários trechos em epígrafe, vou de reproduzir o do prefácio: "Gostaria tanto de perseverar em minha educação puramente humana, mas o saber não nos torna melhores nem mais felizes. Sim! Se fôssemos capazes de compreeender a coerência de todas as coisas! Mas o início e o fim de toda ciência não estão envoltos em obscuridade? Ou devo empregar todas estas faculdades, estas forças, esta vida inteira, para conhecer tal espécie de inseto, para saber classificar uma determinada planta na série dos reinos?". Eu nem sei qual é a solução apontada pelo Morin, tampouco a do Shaw, mas a mim parece que dar conta do mundo permanece uma impossibilidade. Se a gente lê uns monstros de cérebro prodigioso como o Borges ou o Otto Maria Carpeaux, por exemplo, chega a alimentar uma crença na onipotência do homem, mas eles não sabiam o que Einstein sabia, não pintavam como Velázquez, não compunham como Bach, não saberiam fazer uma cirurgia de transplante de rosto e certamente não conseguiriam dar um salto mortal no meio da calçada, como qualquer capoeirista mais ágil sabe fazer. Sempre achei que, pra transitar pelo mundo, o sujeito deveria ser capaz de travar proveitosos debates num seminário de Filosofia e conseguir defender a namorada do ataque de um bando de pit-boys lutadores de jiu-jitsu. Como se pode ver, vou morrer frustrado.
Buenas... voltando ao blog. Não ando desenhando muito, mas tenho anotadas várias ideias para umas tirinhas que penso em produzir. De certo modo é uma tentativa de me focar em alguma coisa. Alguma coisa que dê retorno financeiro também, pois pretendo vendê-las pra algum jornal. Depois que essa PORRA de sinusite passar, vou dar um pau na máquina e concluí-las bonitinho. Acho que não vou botar neste blog. Vou criar outro. Por enquanto gostaria de deixar uns links de uns caras que venho lendo nos últimos tempos. É o que tenho visto de melhor em termos de humor em quadrinhos. Sugiro, aos que não conhecem, que visitem. Tem coisas bem boas aí:
http://talktohimselfshow.zip.net/
http://malvados.com.br/
http://wagnerebeethoven.apostos.com/
http://rafaelcamposrocha.blogspot.com/

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Arthures alhures e algures

Arthur Miller. Além de escrever o sensacional "Morte d'Um Caixeiro Viajante", foi casado com o maior ícone da sexualidade feminina de todos os tempos, Marilyn Monroe.
Arthur Conan Doyle. Além do nome fodão, era Sir, escreveu sobre caralhadas de coisas e criou o detetive mais famoso de todos os tempos, Sherlock Holmes. Parece que era espírita também (já vendi algum livro do moço que falava sobre o assunto - a transmigração da aaaaaaalmas... buuuuuuuu).
Arthur Schopenhauer. Além de ser lindão (fala sério, eu acho esse cara tri bonito), escreveu O Mundo Como Vontade e Representação. Eu, nos meus dois anos e meio na Filosofia, não tive oportunidade de conhecê-lo, mas se o Mundo Como Vontade e Representação é o que eu penso, acho que gosto muito da ideia. E era conhecido como o filósofo do pessimismo. Tá no meu time. Viva Schopenhauer!!! Viva Cioran!!!
Jean Nicholas Arthur Rimbaud. Poeta, geniozinho. 16 anos e já tava fazendo cair os queixos na França. Li "Une Saison En Enfer" e "Illuminations", não entendi nada (sou tosco, não me dou bem com poesia), mas a figura do cara me agrada bastante. Tá, depois virou um mercador de escravas brancas... Desgraçado... acertou de novo (brincadeirinha).
Eric Arthur Blair. Mais conhecido como George Orwell, escreveu os fantásticos "1984" e "Animal Farm" (aqui, A Revolução dos Bichos). Escreveu também "Down and Out in Paris and London" (aqui, Na Pior em Paris e em Londres). Muito bom. Queria saber se ele era realmente pobre quando escreveu este livro ou se fazia passar por um. Mas o 1984... caraaaaarrro!!! "Nós somos os mortos". "Sim, vos sois os mortos". Foda! Grande Orwell!!!

Quando eu tiver um filho (que na boa, espero não aconteça - filho dá muito trabalho) vou batizá-lo de Arthur. Cês viram quanto escritores massa com esse nome? Aqui no RGS tínhamos o Artur Arão, mas esse não citei, porque o nome parece um cacófato: Eu sou Artur Arão, vocês me Aturarão... Nós aturaremos, Vós aturareis, Eles aturarão o Artur Arão... Pááááááára, Telmo!!!!!
Ah... não tô bêbado... mas queria estar.
Alguém quer comprar um livro do Cioran, em francês, de 1973? Lindíssimo, coisa de colecionador ou filósofo. 150 pilas. Pros amigos tem desconto. "De l'inconvénient d'être né". Se não me falha o francês (e os falsos cognatos não me pregam uma peça), é algo como "Do inconveniente de ser nascido". Ah, Cioran... porque nós, os gênios, somos assim? Enxergamos essas verdades que a galera não vê?

Re, re, re...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Do tempo que eu queria ser fotógrafo

Fiz esta foto num escaldante dia de verão, no parque da Redenção. Foi uma das mais elogiadas no curso de fotografia do Senac, no qual eu estava matriculado à época (há muuuito tempo). Grande coisa, né? Nem assim consegui pegar alguma coleguinha gostosinha do curso.
É por isso que eu digo: MERDA!!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Estúdio (1)

Meu estúdio caseiro, o lugar de onde vão sair as músicas mais sensacionais DO MUNDO!!!
- Calma, Telmo... toma o remedinho... ó!

Tá... vai sair algum barulho, isso eu garanto.

1- 600 bandejas de ovos pra fazer o isolamente acústico (não acredito que finalmente vou poder BATER naquela bateria)
2 - Sujeira e bagunça pra desocupar a peça...
3 - ... e colocar o forro
4 - O negócio já limpo.

Caramba... o que vou fazer com todo o dinheiro que ganhar e com as centenas de fãs batendo à minha porta noite e dia? É gente... o sucesso tem seu preço.

Faça a história você mesmo

Houve um tempo nesta minha pacata vidinha em que eu tinha mais ânimo pra desenhar. Esta história aí de cima é muito antiga. Nunca tive o hábito de colocar data nem assinatura nos meus desenhos, por isso não sei quando, exatamente, produzi estes quadrinhos. Mas faz tempo, algo entre 15 e 20 anos. A história, o enredo, era de chorar num cantinho, como diria um antigo chefe que tive. Muito ruim (e fácil de depreender do que se tratava, basta olhar os desenhos). Depois inventei uns diálogos "non-sense", pra dar uma de engraçadinho. Não funcionou (o pior é que, na época, tive a cara de pau de levar estes e outros desenhos na casa do Luis Fernando Verissimo, pra que ele desse uma avaliada. Ah... as merdas que a gente faz quando é jovem e impetuoso). Agora dei uma recauchutada nos desenhos, coloquei umas sombras e tal e pensei em reescrevê-la - estamos, eu e uns amigos, tentando fazer uma revista em quadrinhos, e como não tenho nada pra botar, resolvi recuperar estas quatro páginas. O desenho é meio tosco em alguns momentos, não há sombras e retoques que salvem. Não tenho escaner, fotografei as páginas com minha humilde Cyber-shot... ficaram ainda piores. Ainda assim, espero que alguém olhe pra estes riscos e pense: ah, o cara não é um Mike Mignola, mas podemos pagar uns 15 ou 20 mil por mês para que ele faça alguns trabalhos menos importantes aqui na editora.
Meu telefone? (51)99477426.

sábado, 3 de abril de 2010

Este não dava pra hipnotizar

CAGALHOOOO!!! O mundo é realmente mais louco e estranho do que o Telminho supõe. Ainda impressionado com as notícias dos mini big-bangs que os cientistas estão criando lá na Europa, andei dando uns bicos sobre o assunto na internet. Aí descobri que buracos negros são núcleos ultra mega hiper condensados de estrelas que explodiram. Tão, mas tão condensados e "pesados" que fazem um furo na estrutura do ESPAÇO-TEMPO!!!! Nem a luz escapa à força gravitacional do troço! Porra, isso é demais pra minha cabeça! Vem cá... era só eu que não sabia?
Buenas, mas o que eu queria falar nem é isso. Olha o que achei num site aí que explica a veracidade ou não de dez mitos da ciência: um frango pode viver sem cabeça. Aconteceu lá no Steites, uma vez. Deceparam a cabeça de um galináceo e o penoso ficou vivo ainda por um ano e meio. Engordou, inclusive. Mike, o frango, virou atração paga. Saiu na Life e na Time. Hoje, tem até um site (este: www.miketheheadlesschicken.org/). Mas pra quem quiser (ou só puder) ler em português, sugiro que dê um clique aqui, bem aqui. De quebra ainda poderá ver os outros 9 mitos.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Boom Shack-A-Lak

Os meus amigos da Damn Laser Vampires estão com clipe novo. Eu já vi umas dez vezes. Engraçadíssimo, criativo e muito bem feito. A música - uma versão do Apache Indian - ficou muito foda. Pra variar, não consegui botar o vídeo no blog (ALGUÉM POR FAVOR, ME ENSINA COMO SE FAZ ISSO!!!), mas pra quem quiser ver, basta clicar aqui AQUI. Vale a pena.